sexta-feira, 29 de outubro de 2010

E se?

E se eu não amasse? E se a vida fosse mais longa? E se em vez de 12 meses o ano tivesse apenas 10? E se ele também gostasse de mim? E se ele me amasse até mais do que eu amo ele? E se ele me desse uma chance? E se eu tiver as oportunidades que eu quero? E se não tiver? E se for rica e morar na Suiça? E se for pobre e morar no morro do Rio de Janeiro? E se me casar e ter filhos com quem eu amo? E se morrer sozinha? E se eu disser que eu gosto dele? E se ele disser que também me ama? E se me odiar para todo o sempre? E se eu não disser, vou me arrepender? E se isso mudasse minha história de vida? Mas.. E se a gente não estivesse na Terra, onde estaríamos? E se isso tudo for ficção? E se estiverem nos testando? E se sua melhor amiga é a maior pegadinha da sua vida? E se os famosos, a história e a globo não existissem? E se morresse hoje? Agora! Não vou arriscar nos "E se?", vou viver intensamente, porque o mundo, não é "E se?", ele é assim e pronto. Vou ter que me adaptar, ou não!
- Merda, ele não ta online! E se eu fosse la na casa dele o que ele me diria?

Carolina Tavares

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A world...

Vivo em um mundo que as palavras não expressam meus sentimentos, que dores morais doem mais que as físicas, que ser "anormal" é mais apoiado do que ser "normal". Mundo em que primavera é verão e que outono é inverno, e para nós só houve verão e inverno. Um mundo em que há muito preconceito. Um mundo que não se ouve mais pássaros e rãs, mas sim, carros e buzinas. Vivemos em um mundo que por mais de Joana d'Arc ter existido o machismo ainda seja grande. Chega até ser engraçado, a técnologia é bem maior do que pensamos, já pisamos na Lua, mas ainda não achamos a cura do Câncer. E veja que irônico, achamos que somos tão inteligentes que podemos ver além do físico, que as pessoas BELAS são LEGAIS e AMOROSAS, e que as pessoas FEIAS são CHATAS e FRESCAS. Onde sinceridade, muitas vezes torna-se indelicadeza e a falsidade é uma atividade do nosso cotidiano. Onde a inteligência humana salva vidas e a ganância tira várias. Sendo assim, Hitler estava com a razão? Um mundo onde um bandido com paletó é respeitado, entretanto um mendigo honesto é queimado enquanto descansa de um dia de sofrimentos. Onde os criminosos têm regalias ou estão soltos e as famílias são obrigadas a se trancafiarem nas suas próprias casas.Um mundo onde tudo se faz por dinheiro e quem não segue as normas é "deixado para trás". Onde todos devem ser doutores por vontade ou pressão. O que será das outras profissões? Onde o ilícito é muitas vezes confundido com o lícito e as atitudes lícitas tornam-se cada vez mais raras. Um mundo que cria máquinas de última geração, mas não consegue achar uma solução para a poluição.Um mundo que sem saber, ou até mesmo sabendo, destrói a si mesmo, em prol do lucro. Mas "para não dizer que não falei de flores"... Vivemos em um mundo onde muitas pessoas fazem o bem, sem o interesse de receber nada em troca. Onde "o homem é o lobo que devora o próprio homem", mas frequentemente é o "São Bernardo" que o resgata do perigo. Onde alguns pais matam os filhos e outros dão a vida pelos mesmos. Onde a criança vive inocentemente e vive em uma utopia encantadora. Vivemos em um mundo onde a vida não é aproveitada por causa do temor a morte. Em um mundo que deveria ser contado em segundos e minutos,mas é contado em semanas e meses, e cada dia que passa é menos tempo para ser vivido. Um mundo em que o homem é o mais burro dele.

Carolina Tavares

sábado, 23 de outubro de 2010

Não quero um conto de fadas...


Me disseram pra desistir, que sou uma menina estúpida que tem sonhos e que as coisas que eu quero fazem parte de uma ficção. Que não quero uma vida e sim que idealizo uma novela mexicana. Que o que imagino que seja amor, não é, é um conto de fadas tão belo quanto, Cinderella, Bela Adormecida e Branca de Neve juntas num conto só, que é tipo o filme "Encatada" mais perfeito do que o filme já é, talvez eu queira mais perfeito pra não ter a bruxa malvada. Que eu sonho com um amor à distância tipo "Querido John". Que todos dias de manhã quando estou super-animada por "nada" que vivo no meu mundinho bem parecido ou bem melhor do que o próprio "Alice no país das Maravilhas".Que queria ser para sempre criança e dar uma de Peter Pan. Que não quero namorados, que quero um príncipe encantado, um cowboy, que quero viajar pelo mundo nos braços de um super-herói. O que as pessoas não entendem é que quero ser feliz. E que não dá pra ser feliz numa novela mexicana porque ela é muito dramática, mas da sim pro meu conto de fadas acabar com "felizes para sempre", mas que não dá pra não ter uma "bruxa má". Que amores a distância como "Querido John" é difícil, mas lindo e possível sim, mas que não quero isso pra mim. Não quer dizer que por ser feliz pra não ser triste como o resto do mundo eu viva no mundo da Alice, porque lá não existem problemas, e acredite, tenho muitos. Que por ser feliz e me divertir o tempo todo como criança como Peter Pan não queira crescer, mas responsabilidades são importantes. Que não quero príncipes encantados, até porque, vamos concordar, o perfeito é muito entediante. E até o príncipe encantado anda sem tempo para a Cinderella.

"temos que matar os sonhos para que nasça a realidade"

Carolina Tavares

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Exagerado - Cazuza



Amor da minha vida, daqui até a eternidade, nossos destinos foram traçados na maternidade. Paixão cruel desenfreada, te trago mil rosas roubadas pra desculpar minhas mentiras, minhas mancadas. Exagerado... Jogado aos teus pés, eu sou mesmo exagerado. Adoro um amor inventado. Eu nunca mais vou respirar se você não me notar, eu posso até morrer de fome se você não me amar. E por você eu largo tudo... Vou mendigar, roubar, matar. Até nas coisas mais banais, pra mim é tudo ou nunca mais. E por você eu largo tudo... Carreira, dinheiro, canudo. Até nas coisas mais banais, pra mim é tudo ou nunca mais. Exagerado... Jogado aos teus pés, eu sou mesmo exagerado. Adoro um amor inventado. (8)

domingo, 10 de outubro de 2010

Quer saber o que eu penso?


Você aguentaria conhecer minha verdade? Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, linda, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Tenho uma tpm horrivel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir... Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. Meu coração é minha razão. Essa é a lógica que inventei pra mim.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Talvez, ainda dê tempo...

Nunca é tarde de mais para sentir saudades e procurar, sentir vontade e fazer, ter medo e lutar. Nunca é tarde de mais para dizer o que pensa, para sonhar e realizar. Nunca é tarde para aprender, errar, aprender com os próprios erros, ou com o erros dos outros, concertar. Nunca é tarde para fazer novas amizades, amar, namorar, casar. Nunca é tarde de mais para trabalhar, estudar. Ainda podemos, correr, comer, dormir. Sair, viver, se divertir. As vezes é preciso perder para dar valor, chorar para aprender amar, confiar para se entregar, ouvir para nunca gritar. Todos irão sofrer algum dia para saber o verdadeiro sentido da felicidade. O tarde e o cedo são desculpas. O cedo adia, faz esperar o que podia ser feito logo. O tarde manda desistir, deixar de fazer algo que ainda tínhamos tempo de fazer. Cedo ou tarde, tanto faz, errar e acertar faz parte, corra atrás.
Mas sim, no dia que você entender tudo isso, poderá, ser o tal, tarde de mais.

"Achamos que o tempo é infinito e que por isso podemos disperdisá-los com coisas estúpidas."

Carolina Tavares

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ela queria ele,

ele queria ela e outras; ela sofria, ele nem ligava; ela chorava, ele ria; ela falava, ele não ouvia; ele mentia, ela acreditava; ela o esperava, ele não voltava. ela queria coisa séria, ele só queria se divertir; ela demonstrava seus sentimentos, ele brincava com seus sentimentos; ela sorria pra ele, ele ria dela; ela acreditava em tudo que ele dizia, ele dizia o mesmo para αs outras; ela se iludia, ele alimentava a ilusão; ela espera por ele, ele já está em outra. ela ama, ele gosta; ela fazia tudo por ele, ele dizia não se contentar com tão pouco; ela achava que ia dar certo, ele tinha certeza que ia dar errado; ela queria pra sempre, ele só por um momento; ela se entregava, ele evitava; ela falava: eu te amo, ele apenas sorria; ela ficava por conteúdo, ele ficava por quantidade; ela procurava o príncipe, ele procurava a próxima. ela queria "O", ele queria "UMA"; ele descobriu que ela era A ÚNICA, ela descobriu que ele era só MAIS UM.
we value only when we lose

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Janela das lembranças


Estava sentada na minha cama, olhando pela janela, quando percebi que o tempo havia passado, que coisas tinha mudado sem perceber. "Hojes e hojes" que num "tarde de mais" virou "ontem" e agora eu estava sem tempo de recorrer, já era tarde de mais.
Mas entendi que não dá pra viver na nostalgia do passado errado e nem planejar muito o futuro, que apenas devemos torcer para escolhermos a cada dia o caminho certo.
Levantei da minha cama e cheguei mais perto daquela janela cheia de lembranças, vi amigos correndo, amores felizes e sentados num banco de madeira que havia perto de um lago que estava naquele bosque, olhando um pouco forçadamente, bem distante em uma árvore havia uma mulher fazendo carinho numa criança, minha mãe. Vi também alguns inimigos, mas felizes também, vi choros e brigas. Olhando no lado escuro do bosque me deparei com uma menina encolhida chorando, e à chamei, perguntei porque ela estava chorando e ela me disse: Não há ninguém deste lado do bosque. Eu perguntei: Qual seu nome? E ela me respondeu em uma voz calma: Sou o passado esquecido. Apenas coisas pequenas, como o maravilhoso café da sua avó, doenças que se foram, músicas cantadas com muita gritaria, risadas de coisas idiotas, coisas pequenas, com valores enormes, que você não se lembra mais.
Então comecei a lembrar de coisas pequenas, como meu primeiro beijo, abraços apertados, risadas, choros e momentos.
Mas só olhei na janela porque havia saudade, sim, saudades, de coisas que para os outros pode ser consideradas muitos estúpidas, coisas pequenas...
Olho para trás e ele estava lá. Lindo como sempre, sorrindo e me chamando de linda, dizendo que estava com saudades dos nossos momentos mais estúpidos, como eu. Conversamos, lembramos do passado, demos muitas risadas e abraços. Fui até a janela novamente e o lado escuro e a menina, haviam desaparecido. No fim, quando ele me disse " Tchau" eu sabia que a saudade voltaria, e com ela, lembranças pequenas se iriam.

Carolina Tavares