quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A world...

Vivo em um mundo que as palavras não expressam meus sentimentos, que dores morais doem mais que as físicas, que ser "anormal" é mais apoiado do que ser "normal". Mundo em que primavera é verão e que outono é inverno, e para nós só houve verão e inverno. Um mundo em que há muito preconceito. Um mundo que não se ouve mais pássaros e rãs, mas sim, carros e buzinas. Vivemos em um mundo que por mais de Joana d'Arc ter existido o machismo ainda seja grande. Chega até ser engraçado, a técnologia é bem maior do que pensamos, já pisamos na Lua, mas ainda não achamos a cura do Câncer. E veja que irônico, achamos que somos tão inteligentes que podemos ver além do físico, que as pessoas BELAS são LEGAIS e AMOROSAS, e que as pessoas FEIAS são CHATAS e FRESCAS. Onde sinceridade, muitas vezes torna-se indelicadeza e a falsidade é uma atividade do nosso cotidiano. Onde a inteligência humana salva vidas e a ganância tira várias. Sendo assim, Hitler estava com a razão? Um mundo onde um bandido com paletó é respeitado, entretanto um mendigo honesto é queimado enquanto descansa de um dia de sofrimentos. Onde os criminosos têm regalias ou estão soltos e as famílias são obrigadas a se trancafiarem nas suas próprias casas.Um mundo onde tudo se faz por dinheiro e quem não segue as normas é "deixado para trás". Onde todos devem ser doutores por vontade ou pressão. O que será das outras profissões? Onde o ilícito é muitas vezes confundido com o lícito e as atitudes lícitas tornam-se cada vez mais raras. Um mundo que cria máquinas de última geração, mas não consegue achar uma solução para a poluição.Um mundo que sem saber, ou até mesmo sabendo, destrói a si mesmo, em prol do lucro. Mas "para não dizer que não falei de flores"... Vivemos em um mundo onde muitas pessoas fazem o bem, sem o interesse de receber nada em troca. Onde "o homem é o lobo que devora o próprio homem", mas frequentemente é o "São Bernardo" que o resgata do perigo. Onde alguns pais matam os filhos e outros dão a vida pelos mesmos. Onde a criança vive inocentemente e vive em uma utopia encantadora. Vivemos em um mundo onde a vida não é aproveitada por causa do temor a morte. Em um mundo que deveria ser contado em segundos e minutos,mas é contado em semanas e meses, e cada dia que passa é menos tempo para ser vivido. Um mundo em que o homem é o mais burro dele.

Carolina Tavares

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